terça-feira, 15 de junho de 2010

O desde

Minha querida,
Esta minha escrita não tem data. Na verdade ela é, algo assim, como um desde. Deveríamos ter essa opção quando tratamos de datas. Desde já, desde nunca, desde então.
Aliás, desde é uma palavra interessante. Desde que você existe, por exemplo, minha vida é cheia, intensa, linda. Você, no contexto dela, supre minha existência desde então.
No tempo presente, no futuro e, veja você, no tempo pretérito. Passado sem sua existência inexiste, é inimaginável, inconcebível, impossível. Desde começa e continua. Desde perpetua tudo. Desde que você acredite nisso, é claro.
Desde quando eu te amo? Desde que o tempo não tinha nem o desde.
Pode ser desde sempre?



A.C.
uma nova poeta se apresentando

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Linda Rosa

Maria Gadu:

Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem ao certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto
Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz
Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro
cravo...