Era como observadora de estrelas que me sentia inteira. Deitada na rede, contando diamantes num breu de dúvidas.
Nada se encaixa, até que nos demos ao trabalho de sentar, e montar o lego. Mesmo assim, as peças podem ser de linhas diferentes, edições novas e antigas e ainda não entrarem em comunhão.
Quando balanço a cabeça, ouço um ruído: um chacoalhar de pecinhas soltas...
Não era como vestibulanda que me sentia mais sonhadora. Não é como médica que me sentirei mais solidária. Não foi quebrar regras que me tornou mais anarquista. E quando era metódica, queria sucumbir ao caos.
Não é a distância a causa da solidão. Também não é a proximidade o remédio para a saudade. Não entenderei qual é o meu papel, até o assistir da distância segura do futuro. Mas não era como amiga que me sentia completa. Nem como namorada me sentiria menos vazia.
Contar vantagem não aumenta o mérito do primeiro lugar. Contar mentiras só impõe o dever- trabalhoso- de esconder a verdade.
Porque ando em linha reta, não desvio menos do meu caminho. Subir não me fará chegar ao topo.
Escrever não me faz sentir-me mais escritora, mas minhas palavras têm mais vida do que este andróide que atende por meu nome.
rb
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nada publicável?
ResponderExcluirContinue assim! Conteúdo excelente e totalmente publicável.