sexta-feira, 9 de abril de 2010

As Desculpas

Um dia eu acordei a mil. Levantei da cama, e como uma agitação fora do normal corri procurando o mundo a minha volta, todos aqueles meus amigos e minhas antigas risadas. Fazia tempo tinha parado de sonhar, parado de me preocupar, tinha me tornado um animal frio e calculista, mas naquela manhã tudo mudou, olhando para o meu eu no espelho, sorri simpática e me apresentei como se fosse uma nova pessoa, afinal, era assim que eu me sentia.

Nunca descobri o que aconteceu naquela noite para eu levantar assim, mas só sei que algo aconteceu, e esse meu novo ser somente queria mostrar as cicatrizes do passado, sorrir e dizer ‘eu sobrevivi’. Ainda falta muito para se viver é claro, mas sobreviver a um quarto dele já está de bom tamanho para mim.

Telefonei para muitas pessoas, e disse sempre a mesma frase: ‘eu te desculpo’. Não sei se elas entenderam muito bem, mas meu coração já ficou leve. Saber perdoar os outros é sempre o primeiro passo para a maturidade, foi o que me disseram pelo menos, e talvez seja verdade.

Naquela manhã eu não me importei em estar certa ou errada, não me importei em defender minhas crenças ou brigar pelos meus interesses. Naquela manhã somente sorri e deitei na grama, deixando o sol esquentar ainda mais meus sentimentos.

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