Que tititi é esse que vem da sapucaí? É o Carnaval! Época do ano em que o brasileiro pára o que nem havia começado. O axé bahiano sacode a Bahia, o nordeste inteiro, os salões de todo o Brasil. O samba acolhe o Rio de Janeiro, e não há nenhuma outra atividade na cidade maravilhosa que não envolva uma só batucada. É assim que o brasileiro prova que alegria é seu sobrenome e que, não importam as origens italianas do baile de máscaras, o carnaval é baiano, é carioca, é paulista, é da terra dos tupiniquins e ninguém tasca!
Muitos podem dizer que a festa tradicional perdeu sua essência, que hoje em dia existe apenas um desfile de corpos nus, muito beijo na boca sem sentimentos, balas perdidas, motivo de assaltos, etc. É inegável a veracidade de tais argumentos. Contudo, a folia ainda serve de cartão postal aos milhões de turistas que depositam seus preciosos dólares em cofres nacionais. Hotéis agradecem ,assim como seus muitos empregados e prestadores de serviço. Há quem sonhe com propostas de um segundo carnaval no meio do ano... que venha o Carnaval de inverno! E junto gringos de todos os cantos. Alegria nós temos de sobra.
As fantasias, que obviamente deveriam esconder, revelam personalidades. Há pierrots que se descobrem verdadeiros bailarinos; padres que liberam seu lado galanteador; bailarinas balançando no ritmo de funk, olha lá a cabeleira do zezé! e por aí vai. Ninguém se disfarça debaixo de uma boa máscara, pelo contrário: revela-se.
Animação dura alguns dias, mas sobra um pouquinho para o resto do ano. Quem foge do carnaval não tem a mesma energia para começar o ano como têm os foliões. Dançar, cantar, sambar, sorrir... são formas de dar uma chance a si mesmo, de ser feliz, de viver o momento, e espantar todo o cansaço do ano anterior.
Depois de tudo vem a quarta feira de cinzas; dia de se recuperar da ressaca e começar de novo. Todas as cores se dispersam. Começar de verdade o ano, como sempre, em março. Se as preces de alguns forem atendidas, quem sabe o carnaval de inverno não deixará o ano começar. Então, viveremos em festa! Se a canoa não virar, nós chegamos lá!
rebeca
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se a canoa não virar, oleoleolááá
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