sábado, 7 de fevereiro de 2009
Releitura (nada romântica) de Gonçalves Dias
NO MEIO DAS TABAS DE AMENOS VERDORES,
No meio da floresta de negras cores,
CERCADAS DE TRONCOS - COBERTOS DE FLORES,
Cercado da mata, dos piolhos, das dores,
ALTEIAM-SE OS TETOS D’ALTIVA NAÇÃO;
Revela-se a vazante podridão;
SÃO MUITOS SEUS FILHOS, NOS ÂNIMOS FORTES,
São muitos os passivos, no âmago mortos,
TEMÍVEIS NA GUERRA, QUE EM DENSAS CORTES
Famintos de restos, de podres sortes
ASSOMBRAM DAS MATAS A IMENSA EXTENSÃO.
São jogados nas valas aquém da multidão.
SÃO RUDOS, SEVEROS, SEDENTOS DE GLÓRIA,
São mudos, cegos, surdos dessa moratória,
JÁ PRÉLIOS, INCITAM, JÁ CANTAM VITÓRIA,
Já apedêuticos, balbuciam, já vomitam auroras,
JÁ MEIGOS ATENDEM À VOZ DO CANTOR:
Já treinados respondem o sim senhor!
SÃO TODOS VALENTES TIMBIRAS, GUERREIROS VALENTES!
São todos assíduos do panis et cinsenses!
SEU NOME LÁ VOA NA BOCA DAS GENTES,
Seus nomes escarram da alta patente,
CONDÃO DE PRÓDIGOS, DE GLÓRIA E TERROR!
Cordão de perdidos, sem terra, sem vida, sem amor.
(ecília
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Só nossa amiga Cecília pra pensar em fazer uma releitura assim... Nada crítica, hehehe :) ótimo, ótimo, como sempre...
ResponderExcluir